SOBRE CHE GUEVARA - "Foi um partidário de um tirano. Não me lembro como é o nome dele; um senhor que mora em Cuba."
SOBRE JOSEPH CONRAD - "Que estranho o fato de um polonês ser um dos melhores escritores ingleses; era um homem excessivamente ambicioso para escrever em polonês."
SOBRE COQUETÉIS - "Acho que fazer um exame é muito menos penoso do que ir a um coquetel. Os coquetéis são uma organização de chatice."
SOBRE JULIO CORTÁZAR - "Publiquei seu primeiro conto, "La casa tomada", em uma revista que dirigia então, Los Anales de Buenos Aires. Saiu ilustrado com desenhos de minha irmã Norah. Mais tarde, ele se lembrou do episódio e me confessou que fora sempre muito grato a mim. Depois se tornou comunista, e, como sou inimigo do comunismo, as circunstâncias nos tornaram inimigos. Mas as opiniões políticas de Cortázar não me preocupam muito e, se ele viesse conversar comigo, eu gostaria bastante, ficaria encantado."
SOBRE O CUBISMO - "Não compreendo o cubismo. A teoria diz que todas as formas podem ser reduzidas a cubos. Não sei se é possível e não sei se convém. Uma vez quis falar do assunto com Pettorutti, mas não consegui me explicar; tudo bem, convinha-lhe fazer cubos. Era, sobretudo, um comerciante."
SOBRE DROGAS - "Não sei se tive boa ou má sorte com as drogas - tentei a cocaína três vezes seguidas e me dei conta de que era a mesma coisa que chupar pastilhas de menta. Possivelmente ocorresse o mesmo com a marijuana e as outras coisas."
(Do livro Dicionário de Borges, de Carlos R. Stortini, publicado pela Bertrand Brasil.)
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