Estava eu morto e enterrado,
Das coisas da vida isento,
Quando vieste e, num momento,
Estava eu ressuscitado.
E, desde esse teu portento,
Tendo eu à vida voltado,
Fui sempre a ti devotado
E ao teu amor sempre atento.
Mas tu, que me resgataste,
De mim logo te cansaste
E criaste um truque maior.
E em cada golpe que davas,
A cada instante provavas
Que eu morto estava melhor.
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