quinta-feira, 7 de março de 2013

Saudade do meu tempo de morto

Estava eu morto e enterrado,
Das coisas da vida isento,
Quando vieste e, num momento,
Estava eu ressuscitado.

E, desde esse teu portento,
Tendo eu à vida voltado,
Fui sempre a ti devotado
E ao teu amor sempre atento.

Mas tu, que me resgataste,
De mim logo te cansaste
E criaste um truque maior.

E em cada golpe que davas,
A cada instante provavas
Que eu morto estava melhor.

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