terça-feira, 14 de maio de 2013
Agradeço a todos os...
... que têm acompanhado minhas confissões por aqui - e peço desculpas, também. Creio que venho explorando vergonhosamente minha alma em busca de simpatia, e julgo não haver nada pior do que isso. Que um poeta, que um artista faça isso, é louvável. Mas, se os choramingos não têm um mínimo de arte, ou algo semelhante, não há razão nem justificativa para eles. Desvirtuei os propósitos do blog, anunciados no primeiro número, tantos anos atrás. Ele tem se desviado cada dia mais daquilo que prometi. Os acessos aumentaram, sextuplicaram, mas devo reconhecer - nove mil e tantas postagens depois - que o produto oferecido vem sendo ultimamente uma abjeta manipulação de sentimentos. Em síntese: descubro afinal que, se tenho algum jeito para escrever, tenho só isso: jeito, mais nada. Sei hoje que a verdadeira arte, se ainda não se revelou a mim, não o fará mais. Quando me recompuser dessa descoberta, e perder a "mania de artista", talvez eu volte com um formato que possa ser útil aos leitores: indicação de livros, impressões de leituras, comentários. Impingir-lhes minha "obra" é uma vilania que talvez nem desculpas mereça. De qualquer forma, eu as peço, com minhas despedidas. Obrigado.
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