Maria Helena

A morte de Maria Helena Arrigucci, esta semana, me entristeceu de uma forma quase surpreendente, porque eu a vi uma vez, nada mais do que isso. Nós nos falávamos pelo telefone, no tempo em que fui revisor de provas na Cosac. Ela dirigia uma coleção notável, em que foram publicadas obras não menos notáveis de notabilíssimas escritoras. O que me encantou nela, nesses contatos, foram duas qualidades hoje carentes, tanto no meio editorial quanto fora dele: sua educação e seu profissionalismo extremado. Foram muitas as ocasiões em que, por uma vírgula, ela me ligava três ou quatro vezes, obcecada pela perfeição. Fará falta a Lena, muita.