"O ADEUS
Colhi um ramo de urze
O outono morreu lembra-te
Não nos veremos mais na terra
Odor do tempo ramo de urze
Lembra-te de que te espero."
"OUTONO
Na cerração se vão um camponês coxeando
E seu boi devagar na cerração de outono
Que esconde as vilas pobres e em abandono
E se indo ao longe o camponês cantarolando
Uma canção de amor jamais correspondido
Fala de um anel e um coração partido
Oh! O outono o outono matou o verão
Dois vultos cinza vão-se pela cerração."
(Do livro Álcoois, tradução de Mario Laranjeira, publicado pela Hedra.)
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