domingo, 30 de março de 2014

Soneto do suplício e de suas amáveis lembranças

Quando a ti eu me amarrava
E teu chicote pedia,
Minha alma me censurava
E honra de mim exigia.

Livre hoje do teu feitiço
E dono da própria sorte,
Minha vida agora é isso,
E isso é bem pior do que a morte.

Como eu hoje me arrependo
De não estar mais me doendo
Tudo aquilo que me doeu.

E me culpo porque agora
Quem sofre por ti e chora
Não sou eu, ah, não sou eu.


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