"No entanto, o único romance que eu gostaria de escrever é A casa das belas adormecidas, de Kawabata, que conta a história de uma estranha casa no subúrbio de Kyoto onde os velhos burgueses pagavam somas enormes para desfrutar a forma mais refinada do último amor: passar a noite contemplando as moças mais belas da cidade, que jaziam nuas e drogadas na mesma cama. Não podiam despertá-las, sequer tocá-las, ainda que tampouco tentassem, porque a satisfação mais pura daquele prazer senil era que podiam sonhar ao lado delas."
(De Obra jornalística de Gabriel García Márquez, volume 5 - Crônicas), tradução de Léo Schlafman, publicação da Record.)
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