"LONGE DA MARGEM
Vede, a jangada, um sinal flutuando,
Frágil - um fragmento;
Ninguém jaz sobre esses mastros fustigados,
Vivo ou morto.
Gemem as aves sobre ela pairando,
'Marinhagem, marinhagem?'
E as vagas, incessantes, atacam-na,
Assaltam-na uma vez mais!"
"BUDA
"Pois o que é a tua vida? É apenas um vapor que aparece
por algum instante e logo se desvanece."
Voga desfalecendo, desfalecendo, desfalecendo,
Aspirando ao nada!
Soluços do mundo e lamento de espécies
Que em silêncio sofrem -
Nirvana! Absorve-nos em teus céus,
Anula-nos em ti."
(Da coletânea Poemas de Herman Melville, traduzida por Mário Avelar e publicada pela Assírio & Alvim, Lisboa.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário