Nessas mãos
que desde a puberdade
frutos apanharam
até a saciedade
Nesses dedos
que desteceram teias
e úmidos desvelaram
mornos segredos
Nessas mãos
entre esses dedos
um dia colocarão
cinquenta e duas contas
E nelas ou neles
lembranças não restarão
nem da seda dos frutos apanhados
nem dos fios dos segredos desvendados.
terça-feira, 13 de maio de 2014
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