"O CUMBERLAND
(Março de 1862)
Alguns nomes há cujo Som impressiona
Cujas sílabas livres de vogais
São penhor de que sempre serão celebradas;
Assim parece ser
O nome de uma Fragata (pela glória presente firmada) -
O Cumberland.
Sonoro nome como neste canto,
Fluindo, rolando na língua -
Cumberland! Cumberland!
Combateu e afundou-se. Não há dúvida
Que ao fim chegou - soçobrou;
E todavia o seu pavilhão voa sobre o seu destino,
Como quando ondulava
Persistindo sobre o mar voraz: tão majestoso -
O Cumberland.
Vasto nome como neste canto,
Redondamente rolando na língua -
Cumberland! Cumberland!
Para que falar de como o combateram -
A mortífera arma flamejante -
O artilheiro fazendo saltar o porto -
Inundado, destruído!
Seus mortos indomavelmente manobraram
O Cumberland.
Nobre nome como neste canto,
Lentamente rolando na língua -
Cumberland! Cumberland!
Enquanto corações partilharam a chama
Que ardeu naquela corajosa tripulação,
A sua fama viverá - sobreviverá ao nome do vencedor;
Pois assim é devido.
O seu pavilhão e o seu mastro na história persistirão -
Cumberland!
Sonoro nome como neste canto,
Por muito tempo rolará na língua -
Cumberland! Cumberland!"
(De Poemas de Herman Melville, tradução de Mário Avelar, publicação da Assírio & Alvim, Lisboa.)
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