"Acabei de perceber que sou eu o que está em jogo
Não tenho outro
Dinheiro para o resgate, nada para quebrar ou barganhar
A não ser minha vida ou meu espírito parcelado, em fragmentos,
esparramado sobre
a mesa de roleta, eu recupero o que eu posso
não tenho mais nada para enfiar debaixo do maître de jeu
nada mais para jogar pela janela, nenhuma bandeira branca
esta carne é tudo o que tenho para oferecer, para fazer a minha jogada
com esta cabeça imediata, e o que vem nela, meu movimento
enquanto deslizamos sobre o tabuleiro, pisando sempre
(assim esperamos) nas entrelinhas."
(Extraído do poema "Cartas revolucionárias", traduzido por Sergio Cohn, do livro Poesia beat, publicado pela Azougue.)
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