sábado, 17 de maio de 2014
Varal
Quando ela foi recolher a roupa no varal, notou que na parte de baixo da calcinha branca uma abelha zumbia, esvoaçava e voltava a zumbir, sempre no mesmo açucarado ponto. Uma mornidão, como se o sol do quintal a estivesse lambendo, chegou ao seu ventre e começou a descer lento, como se a abelha houvesse desistido da calcinha e estivesse agora na calça jeans que ela vestia, e zumbisse, e esvoaçasse, e avançasse e recuasse, buscando um pouco mais de embriaguez no ponto onde a mão ansiosa já acariciava o zíper e se dispunha a abri-lo.
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