"A terra fraca eu amei,
A terra fraca e desdenhada.
Amei tua carnadura
Sedenta de cuidados,
Meu Deus.
Me doía a casa morta
Erguida sobre séculos,
Em toda parte o ressaibo
De uma guerra difícil.
O leão de pedra na porta
Foi sempre o guardião
Dos jardins
E eu nem sabia.
Não sabia
Do que uma prece é capaz
Quando te abisma
Meu Deus
Num mundo de humana ira."
(Do livro Terra alvorada, edições ardotempo.)
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