É cada vez mais difícil encontrar uma crônica isenta da pretensão de ser ensaio. A proporção é uma em trinta. A de hoje, de Ruth Manus no Estadão, é uma dessas, raríssimas, que saúdo com entusiasmo, lamentando não ter chapéu para tirá-lo.
Sou um homem que ama a literatura e desde os 12 anos, quando li A Comédia Humana, de William Saroyan, tenta ser escritor. Tenho muitos livros publicados, mas quem diz se alguém é escritor são os leitores. Então, cada livro meu repete a pergunta: sou um escritor?
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