"Oh, a queda das folhas,
A morte lenta das flores,
A sombra sem fim das noites
E o dia esfacelado!
E no entanto cada folha
Fala-me da felicidade,
E voa alegremente
Da velha árvore de outono.
E me verão sorrir
Às coroas de neve,
Às brancas florações
Que devastam as rosas.
E me ouvirão cantar,
Quando a noite desfalecente
Anunciar tristemente
O dia escuro e deserto."
(De O vento da noite, tradução de Lúcio Cardoso, Civilização Brasileira.)
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