"Toca as delicadas cordas, Músico,
Com tua mão magra e longa;
Abaixo as velas estreladas queimam,
Desmancham-se suavemente na areia;
O velho sabugueiro em sonhos se queixa,
As brasas, em fogo baixo, ardem,
Através dos muros as sombras chegam,
Vêm e vão.
Toca ternamente as cordas, Músico,
Com os minutos monta as horas;
A geada, sem vento, nos batentes
Tece um labirinto de flores;
Fantasmas permanecem no ar que escurece,
Ouvindo pela porta aberta;
A música os chama, os convida a sonhar,
Uma vez mais, a regressar ao lugar."
(Do blog "Viva a poesia", tradutor não anotado.)
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