Hoje, quando nos pomos a lembrar
Daqueles dias, da época dourada,
Da juventude esplêndida e encantada
Em que nos permitíamos sonhar,
Lembramos, com vergonha, com pesar
E com a alma ferida e derrotada,
Da ideia, em nós nascida e cultivada,
De podermos o mundo aprimorar.
Éramos muitos, éramos bastantes,
Todos firmes, enérgicos, atuantes,
E à nossa missão todos devotados.
Nós vivemos por ela, nós lutamos,
E por ela é que somos e que estamos
Agora todos mortos e enterrados.
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