sábado, 11 de dezembro de 2021

Soneto da ideia pela qual vivemos

 Hoje, quando nos pomos a lembrar

Daqueles dias, da época dourada,

Da juventude esplêndida e encantada

Em que nos permitíamos sonhar,


Lembramos, com vergonha, com pesar

E com a alma ferida e derrotada,

Da ideia, em nós nascida e cultivada,

De podermos o mundo aprimorar.


Éramos muitos, éramos bastantes,

Todos firmes, enérgicos, atuantes,

E à nossa missão todos devotados.


Nós vivemos por ela, nós lutamos,

E por ela é que somos e que estamos

Agora todos mortos e enterrados.



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