Se ontem viver foi ventura
E eu fui um ser venturoso,
Foi-se esse tempo ditoso
E hoje viver é tortura.
É tempo de dor e agrura
E eu, hoje um ser pesaroso,
Na vida não acho gozo
E nem na literatura.
Tudo me provoca enfado
E nada mais me traz agrado,
Seja eu amante ou leitor.
Definho eu a cada instante
E os livros também, na estante,
Morrem de mofo e bolor.
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