Quem é que, se do amor for um vassalo
E se puder, por essa condição,
Ter o prazer, além da obrigação,
De venerá-lo e de reverenciá-lo,
Irá diminuí-lo, contestá-lo,
Não lhe dizer o sim, dizer-lhe não,
Recusar-lhe louvor e submissão
E por seu despotismo denunciá-lo?
O amor há de ser sempre inocentado
Por quem por ele for escravizado
E, se queixas lhe forem dirigidas,
Não serão pelas dores que causar,
Por mais que possam ser, e machucar,
Mas por não serem mais, e mais doídas.
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