sexta-feira, 22 de março de 2013

Afluente

Quando ele era tão-somente
Um fio dágua mesquinho,
Não mais que um arroiozinho,
Do Amor tornei-me afluente.

E com ele o solo regava
E nascer flores fazia
E, como ele, me extinguia,
Toda vez que ele secava.

Hoje que já é um rio
Encara-me com fastio
E joga-me para a margem

Quando as chuvas torrenciais
Se lançam nos mananciais
E as suas águas espargem.

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