domingo, 3 de março de 2013
O tímido em noite de autógrafos
Incapaz de dizer bom dia a mais de uma pessoa ao mesmo tempo, resolveu expressar-se num livro de poesia. Levou o original a um editor que, miraculosamente, não só lhe deu um contrato para assinar como marcou o lançamento para dali a dois meses, numa sexta-feira à tarde, na loja da própria editora. As semanas que antecederam o lançamento foram de pânico para o poeta. Pensando em como se livrar, imaginou várias desculpas - desde adoecer gravemente até morrer. Não tendo ocorrido nenhuma das hipóteses cogitadas, acabou indo ao lançamento e, sentando-se à mesinha, autografou. Pode-se dizer que foi valente. Entre leitores e funcionários havia vinte pessoas, e ele não enrubesceu nem gaguejou mais que de costume.
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