"Engana-se a si própria se pensa que eu a esqueço ou que me resigno a ser esquecido pela senhora. Sim, é o que desejo... e isso certamente seria uma felicidade para a senhora, como para mim também; mas minha vontade nisso de nada vale. A morte de um parente, os interesses de minha família, exigiram meu tempo e minhas atenções, e procurei resolver esse contratempo esperando encontrar alguma calma e poder enfim julgar mais friamente minha posição a seu respeito. Ela é inexplicável, triste e fatal sob todos os aspectos; ridícula talvez, mas tranquilizo-me pensando que é a única pessoa no mundo a não ter o direito de julgá-la assim. A senhora seria muito pouco orgulhosa se se espantasse de ser amada a esse ponto... e tão loucamente!..."
(Do livro Aurélia, tradução de Luís Augusto Contador Borges, publicado pela Iluminuras.)
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