"Entendam-me, não sou um homem de ação. Admiro quem é, as pessoas que num gesto arriscam tudo, tomam seu destino nas mãos, esses maravilhosos heróis da literatura, da história, do cinema. Matam a mulher do moço, o moço persegue os assassinos e os mata, admiro. Chego a acusar-me de inerte, planejo viradas súbitas, jogar tudo para o alto, partir para onde os ventos levem. Fazer como Gauguin, marido burguês de Paris que se foi pintar in loco sensuais mulheres malaias, polinésias, taitianas, e se seu amigo/inimigo Van Gogh queria cortar-se a orelha ou liquidar-se, azar o dele."
(Do livro Crime improvável, publicado pela Ficções.)
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