sábado, 20 de julho de 2013

Autoanálise

Quem, afinal, foi que disse
Que és o que tu pensas ser,
Quem pôde essa ideia ter,
Essa completa tolice?

Quem haverá de em ti ver
Novidade onde há mesmice,
Calor onde há casmurrice,
Quem nisso haverá de crer?

És mísero, abominável,
Grosseiro, tosco, execrável,
Nojento, reles e abjeto.

Quem há de os olhos fechar
E em ti um dia enxergar
Um homem digno de afeto?

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