domingo, 14 de julho de 2013

Deixar...

... que o amor durma. Que nada o perturbe. Que o vento não sopre nos ciprestes uma palavra sequer. Que o amor mantenha os olhos fechados para sempre. Está bonito assim, como um menino cujo rosto se espiritualizou com o sofrimento. Parece um boneco de príncipe, embalado em sua caixa branca, como um presente raro a ser entregue um dia. Mas não agora. Ainda não. Deixar que sobre ele cresçam flores que possam tornar menos triste a embalagem, quando ele chegar às mãos de quem vier a merecê-lo.

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