quarta-feira, 17 de julho de 2013
O amor é um burro velho...
... que jamais aprenderá coisa alguma, mesmo que tome pancada. O amor insiste ainda em violinos, quando o tempo é o da música plena de sacanagens e terceiros sentidos, feita para falar não à alma, porém à luxúria do corpo. O amor apresenta-se como Beethoven e ousa enfrentar Michel Teló. O amor é um boboca enfarpelado vendendo ingressos para um festival de valsa. O amor é o anacronismo dos anacronismos. O amor é um quixote nascido para provocar o riso de todos os moinhos. O amor distribui impressos nos puteiros, para salvar quem não quer ser salvo. Quando ele se afasta, o folheto por ele deixado serve para embrulhar os preservativos que o homem, com a ajuda da rameira, encheu com seu prazer cheio de solavancos, como os de um epiléptico.
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