quinta-feira, 4 de julho de 2013

Um poema de Marina Tsvetáieva

"A ROUPA-BRANCA QUE LAVO NO RIO

A roupa-branca que lavo no rio,
Duas florzinhas eu crio.

Toca o sino - eu me persigno,
No tempo da fome - me afino.

A alma e o cabelo - como seda,
Mais cara que a vida - a boa vereda.

Cumpro fiel a minha obrigação.
- Mas amo você - lobo e ladrão."

(Do livro Indícios flutuantes, tradução de Aurora F. Bernardini, publicado pela Martins Fontes.)

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