"Quanto ao outro conselheiro anônimo, o Rabugento, começou como já contei se queixando de que faço poucos diálogos. O folheador de romance na livraria, ele cagou-me regra, quer verificar a quantidade dos diálogos para avaliar a "ação presente" da obra, porque abomina descrições do pôr do sol e filosofices que suspendem o fluxo narrativo. Argumentei-lhe com Balzac, que definia caracteres sendo minucioso na exposição de ambientes, ele fez pouco: "Lá isso era Balzac." Portanto, disse-me, faça diálogos, mais diálogos, muitos diálogos, afinal você não é autor de teatro? Afinal Balzac não dialogava?"
(Do romance "Crime improvável", publicado pela Ficções.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário