"Coisas que realmente nos aborrecem. Assistir, sozinha na carruagem, a festivais como os de Kamo ou a cerimônias de abluções, apesar da maciça presença masculina. Não consigo entender! Nem é preciso que seja alguém importante, bastaria levar junto um jovem ajudante que quisesse assistir ao evento. Que dizer de uma solitária sombra em movimento, que a tudo contempla calada, por trás do cortinado? Parece-me insensato e odioso.
Chuva em dia de festival ou de visita a templos. Acabar ouvindo a conversa de serviçais que comentam a nosso respeito: 'Nem se dá conta de mim. Aquela pessoa, sim, deve ser a preferida.' Alguém que pensamos ser digno de certa admiração, quando diz coisas infundadas ou volta-se injustamente contra nós e acha que está correto."
(De O livro do travesseiro, tradução de Geny Wakisaka, Junko Ota, Lica Hashimoto, Luiza Nana Yoshida e Madalena Hashimoto Cordaro, publicado pela Editora 34.)
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