"O movimento da paixão que se desenrola até romper-se e voltar-se contra si mesma, o aparecimento da imagem e as agitações do corpo que eram concomitâncias visíveis a ela, tudo isso, no exato momento em que tentávamos descrevê-lo, já estava secretamente animado por essa linguagem. Se o determinismo da paixão se superou e se desenvolveu na fantasia da imagem, se a imagem, em troca, acarretou todo um mundo das crenças e dos desejos, é porque a linguagem delirante já estava presente - discurso que liberava a paixão de todos os seus limites, aderindo com todo o peso constrangedor de sua afirmação à imagem que se libertava."
(De História da loucura, tradução de José Teixeira Coelho Neto, publicado pela Perspectiva.)
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