terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Da felicidade
Como são felizes aqueles que desde o início põem as coisas como devem ser postas. Aqueles que já no primeiro dia têm a coragem de dizer que o amor é só uma dessas tantas balelas sentimentais. Aqueles que abrem o jogo de cara e dizem conhecer um motel muito bom e discreto na Marginal. Aqueles que sabem jogar e não esperam de um corpo senão o honesto suor gasto em meia hora de sacanagem desatada. Aqueles que têm a secura exata para perguntar, na saída: a gente se vê de novo? Aqueles que não deixam para trás sonetos nem lágrimas.
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