Nossos mortos nós
os deixamos para trás
e nem lembramos
quantos deles já
pelo caminho ficaram
Nenhum deles nos pediu
para representá-lo
se no fim nos
deixarem falar
Talvez não confiem nos vivos
como também nós não confiamos
ou nada tenham para reivindicar
Ficaram para trás
e serão quem sabe marcos
se um dia a história se contar
e houver deles ainda um sinal
na terra indiferente
em que sob os insultos
e as súplicas dos urubus
nós tivemos de os enterrar.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário