quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Na sala ao lado

É sempre assim

Queríamos fazer tudo
poderíamos fazer tanto

Fizemos o quê,
no fim?

O mundo nos pareceu
tão limitado
e agora nossos dedos cruzados
seguram o quê?

Um repórter entra apressado
lhe dizem que não
que não é aqui
quem você procura está ali
no velório ao lado

Nossos sonhos são esta realidade
deu nisso nossa esperança
de glória e imortalidade

Nossa completude é este vazio

Num velório inglório
a vizinhança
sem semelhança
de uma celebridade.

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