quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Nossas mãos
Nossas mãos, nós as deixamos nos bolsos, nós as proibimos de se exibir ao sol. Felizmente, temos só duas. Se pudéssemos, nós as deixaríamos em casa, naquela gaveta em que escondemos nossas vergonhas: aqueles cadernos de versos, aquelas mensagens de amor que ficaram pelo caminho, e aquelas outras que melhor seria não terem chegado. Pode ser que um dia sejamos absolvidos. Nossas mãos, nunca. Escorre permanentemente entre seus dedos o sangue das rosas que matamos em rituais de amor.
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