sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O que recebemos no fim

Na juventude, aspiramos ao ouro, porque não temos o tino de ver que ela, a juventude, é o ouro, uma riqueza que jamais teremos igual. Nós a gastamos, desperdiçamos, acabamos com ela inteira. No fim da vida, recebemos esmolas de afeto. O sorriso condescendente de um jovem, de uma jovem, uma palavra que nos dirijam, nos comovem e nos levam às lágrimas. Que vontade temos de dizer: poupem o sorriso, economizem as palavras; gastá-los com um velho é como adornar de ouro o pórtico de um túmulo.

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