domingo, 8 de dezembro de 2013

Soneto em que o amor revela sua natureza

O amor não tem compaixão.
A todos os condenados,
Aos tolos e desenganados
Jamais diz sim, sempre não.

Se pedem absolvição
São ridicularizados
E de covardes chamados.
O amor detesta o perdão.

Mas, se em piedade não pensa,
Para agravar a sentença
Ele não hesita, assina.

E onde o executado jaz,
Como o cão de Satanás
Ele empina a pata e urina.

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