"Meu cão,
Por que razão quer você que eu lhe ame?
Procedi mal hoje;
Não fui justo;
E você corre para junto de mim!
Quando uma prostituta passa e lhe faz um afago,
Meu cão, você a afaga;
Quando o açougueiro lhe joga a carne,
Você late, você pula;
E a empregada que não tem senão uma alma tão pequena,
Você a olha com seus grandes olhos doces.
Meu cão,
Por que razão quer você que eu lhe ame?"
(Tradução de Zulmira Ribeiro Tavares, do livro Quatro mil anos de poesia, publicado pela Editora Perspectiva.)
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