"Por que somos nós sobrecarregados com pesares
e consumidos completamente com uma agrura aguda
enquanto todas as outras coisas descansam da fadiga?
Todas as coisas têm descanso; por que deveremos nós labutar sozinhos?
Nós apenas labutamos, somos as primeiras das coisas,
fazemos um gemido perpétuo
e somos lançados de uma mágoa para outra,
sem nunca encolher as nossas asas
e cessar as nossas vadiagens,
nem macerar as nossas testas no santo bálsamo da modorra
nem atender ao que o espírito interior canta.
'Não há alegria senão a calma!'
Por que deveríamos apenas labutar, o telhado e a coroa das coisas?"
(Do poema "Os comedores de lótus", do livro Poemas, tradução de Octávio dos Santos.)
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Gostaria de conhecer o poema todo. Sabe onde posso conseguir?
ResponderExcluirMeu caro, vou procurar na minha estante mais do que desorganizada, em que o "w" convive com o "a" e o "d" dá cotoveladas no "j". Se o encontrar, eu o transcreverei integralmente aqui no blog. Se bem me lembro, ele é longuíssimo, coisa de duas ou três páginas. Abraços
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