domingo, 2 de março de 2014

Um trecho de "A história de O", de Pauline Réage

"A seguir, dirigiram-se a O: 'Você está aqui a serviço de seus senhores. Durante o dia, fará o trabalho que lhe confiarem para a manutenção da casa, como varrer, arrumar os livros, dispor as flores ou servir à mesa. Não há serviços mais pesados. Mas deve abandonar imediatamente o que estiver fazendo, à primeira palavra ou ao primeiro sinal de quem lhe ordenar, pelo seu único serviço verdadeiro, que é o de entregar-se. Suas mãos não são suas, nem os seios, nem particularmente nenhum dos orifícios de seu corpo, que podemos esquadrinhar e nos quais podemos penetrar à vontade.'"

(Tradução de Maria de Lourdes Nogueira Porto, publicado pela Editora Brasiliense.)

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