Nunca mais
E no entanto que comoção me causaria receber-te sob a luz
desmaiada do quarto
E fingir não ver o lento deslizar de tuas roupas
E as tuas mãos ajuntando-as no pé da cama antes de pousarem em mim
Em alguma parte do meu corpo que depois eu precisaria esconder dos invejosos
Porque ficaria brilhando para sempre, como uma estrela
Nunca mais
E no entanto é como se tivesses estado lá, sob a luz amena
E deixado teu corpo desenhado na cama
E o roçar dos teus cabelos em minha alma
E em minhas narinas o olor adocicado e morno de tuas axilas.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
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