sábado, 12 de abril de 2014

Soneto da imprescindível ousadia

Quisera ter a ousadia
De lhe dizer mais, bem mais
Do que palavras banais
E este surrado bom-dia.

E ao desatar a linguagem
Também o corpo soltar
E sem receio ensejar
Às mãos e aos lábios coragem.

Quisera abraçar, quisera
Depois de tamanha espera
E tanto me consumir

Livrar-me completamente
De toda amarra e corrente,
Deixar a vida existir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário