segunda-feira, 14 de abril de 2014

Soneto da incapacidade

As coisas todas que eu fiz
Foram somente as que pude:
Quadrinhas tolas, gentis,
Foi essa minha virtude.

Tudo que escrevo é banal,
Sem brilho ou repercussão,
Tudo simplório, normal,
Riminhas em al e em ão.

Quis ser Pessoa, Camões,
Cantar glórias, tradições,
Urdir odes, epopeias.

Os meus versinhos, porém,
Tão fracos, não servem nem
Para compor melopeias.

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