terça-feira, 15 de abril de 2014

Soneto da prestação de contas

Um dia talvez eu possa
Quando esta mágoa passar
Lembrar-me sem lastimar
Daquela afeição tão nossa.

Talvez então eu consiga
Reconhecer que fui eu
E não o descaso teu
A causa do fim, amiga.

Ou talvez, mesmo mantendo
O que sempre eu presumi,
Acabe reconhecendo,

Como devia ter feito,
Que apesar de mim ou ti
O amor foi sempre perfeito.


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