sexta-feira, 25 de abril de 2014

Soneto do amor fictício

Há quem nos minta somente
Pelo gosto de iludir,
Pelo prazer de mentir,
Desinteressadamente.

Mentir é, para essa gente,
Uma forma de fugir
A esse tédio de existir
Que nos mata lentamente.

Mentem com tal despudor
Sobre seu fictício amor,
Que nele nos fazem crer.

E tão vivamente cremos
Que por ele, só, queremos
Viver, sofrer e morrer.

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