quarta-feira, 21 de maio de 2014
Como um peito de mãe
Quando alisa os negros cabelos dela, finge que seus dedos são órfãos pobres, muito pobres, esgueirando-se dentro da noite para ocultar-se dos inimigos. Ontem, talvez porque a escuridão estivesse mais densa e ameaçadora, ou por malícia, o menor dos órfãos pôs-se a chorar, e os outros quatro desceram com ele pouco a pouco, até chegarem a uma carne alva como o dia, que os recebeu afetuosa e tranquilizadora, como um peito de mãe.
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