Quando eu, tal qual um navio,
Fingia ser soberano,
Já de mim se desprendia o
Ácido cheiro do guano.
E quem andou nos conveses,
Mesmo não sendo verão,
Sentiu o ardume das fezes
Subindo do meu porão.
Por muito tempo iludi
E bem melhor pareci
Do que jamais eu serei.
Hoje, tão perto do fim,
Sei que será sempre assim:
Fedi, fedo e federei.
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