Como as nuvens, erradias,
E o sopro das brisas mansas,
Vão-se assim as esperanças,
Assim escapam os dias.
O que agora tu dirias,
Depois de tantas andanças,
Se perguntassem das danças,
Dos risos, das alegrias?
Agora onde estão o ruído,
O brilho, a vida, o alarido?
Tudo se foi, só tu não.
Tu, meu tolo incorrigível,
Esperas ainda o impossível:
Reouvir a antiga canção.
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