A não sei quantos
mil pés de altura
a dor do amor dói menos
Quando ela aperta
sempre se pode esperar
que tenha chegado o dia
do piloto do copiloto
da aeromoça bonita
da aeromoça feiosa
da loira maravilhosa
que acaba de entrar no toalete
como se loiras maravilhosas
fizessem certas coisas
que se fazem em toaletes
A não sei quantos
mil pés de altura
sempre se pode imaginar
que sejam os minutos derradeiros
de todos nós passageiros
e que dois segundos
depois do primeiro grito
estaremos já despencando
e não haverá tempo
para o segundo grito
aquele com que nós
talvez implorássemos
piedade ó senhor
ou mais provavelmente invocássemos
o santo nome do nosso carrasco
do nosso doce tirano
do nosso único soberano
sua majestade o amor.
sábado, 15 de setembro de 2012
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