sábado, 15 de setembro de 2012

Flores

Estão murchas as flores. Não quero vê-las. Abri a janela esta noite e no meu quarto entrou o adocicado cheiro da morte. Tão vivas elas eram, e eu não as mandei. Merecias mais, não eram dignas de ti. Esperei que ganhassem ainda o que de beleza lhes faltava para se igualarem à tua e veio, há uma semana, um vento morno, de pântano, que trouxe a peste. Como poderia enviá-las agora, se tua beleza floresce dia a dia e a delas ficou só na evanescente memória de duas ou três tardes?

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