segunda-feira, 29 de abril de 2013
A melhor idade
Acordou tão agudamente triste que decidiu: vai ser hoje, não aguenta mais. Enquanto planeja como fará, toma café. Distrai-se por um momento, surge uma dúvida sobre quantos anos tem e ele pensa em que gaveta estará a identidade, para consultá-la depois e ver se são setenta e quatro, setenta e cinco ou oitenta e dois. Não vê pão nenhum na mesa. Não se lembra de tê-lo comido. As migalhas talvez sejam do pão de ontem. Levanta-se, passa-lhe pela cabeça que tinha resolvido fazer uma coisa importante agora de manhã e a caminho do banheiro tenta lembrar-se do que era.
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